quarta-feira, 16 de janeiro de 2013

Um Médico Rural

estreia: 25 de Janeiro de 2013, 21h45 
classif: M/12
contactos: teatroarama@gmail.com
962 657 894 / 912 432 216

ELENCO
FRANZ KAFKA; HERNÂNI MIRANDA; PEDRO ESPERANÇA; RAQUEL ROSMANINHO; OLGA OLIVEIRA; JACINTO DURÃES; SAMUEL SILVA; CARLA CARMELO ROSA; NUNO MORAIS; INÊS; ANABELA VELOSO; ARY LIMA; TÓ MAIA; ELISIO DONAS

SINOPSE
Numa noite de tempestade de neve, “Um Médico Rural “ é chamado a visitar um doente grave numa aldeia a dez milhas de distância. O médico prepara-se para a visita; mala, peliça… mas falta-lhe o cavalo para atrelar o carro. O seu morrera na noite anterior, vítima do esforço exigido por aquele rigoroso inverno. Rosa, a criada, percorre toda a aldeia em busca de um cavalo emprestado. Ninguém o concede.

O médico, desesperado, atira um pontapé contra a porta da velha pocilga, quase esquecida por falta de uso. Nela, encontra-se acocorado um misterioso cocheiro com dois poderosos cavalos. Este prontifica–se de imediato a concedê-los ao médico, para que o seu dever se cumpra, com a condição de ficar com a criada, a quem entretanto mordeu a face. Para grande desespero de Rosa, é selado o pacto entre os dois homens, ficando ela entregue aos impulsos e intensões violentos do cocheiro. A viagem, realiza-se num tempo desfasado do espaço a percorrer, “pois, como se a porta da minha casa desse para o pátio do meu doente, já cheguei ao destino”.

Após a auscultação ao rapaz doente, o médico conclui que este se encontra de perfeita saúde. A família, sempre vigilante, não conformada com o veredicto do médico, obriga-o a uma segunda auscultação depois de lhe terem mostrado um pano embebido em sangue. “E agora vejo: sim o rapaz está doente.” O rapaz tem uma ferida no flanco direito e dela há-de perecer.

“Com uma bela ferida vim ao mundo; foi tudo quanto trouxe.” Diz o rapaz ao médico, este agora deitado, nu, no leito do doente depois de ter sido para lá atirado pelos pais e anciãos da aldeia. O rapaz parte com a sua ferida para o além. O médico procura escapar.

Inicia a viagem, desejando um regresso tão rápido como foi a chegada. Mas não. Montado, nu, num dos cavalos, agora dispersos e lentos, segue pelo deserto de neve só e anónimo, pensando na Rosa que durante anos viveu em sua casa sem que a notasse e agora entregue aos desvarios do estranho cocheiro sem poder valer-lhe.

“Nu, exposto ao frio desta era infelicíssima, com um carro terreno e cavalos sobrenaturais, lá vou eu, um velho.” Nenhum dos seus doentes parece querer mexer um dedo por ele: um médico rural a quem roubaram a criada.

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